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IODO



O iodo foi descoberto em 1811, pelo francês Bernard Courtois, e estudado mais detalhadamente por Gay-Lussac e Humphrey Davy, sendo batizado em 1813 com seu nome atual, o qual provém do grego "iodes", isto é, violeta, em referência à cor do vapor liberado pelo elemento. Possuindo 53 prótons, o iodo é o primeiro ametal que, em seu estado natural, apresenta-se na forma de um sólido negro e lustroso, com leve brilho metálico, sendo a única substância simples capaz de sublimar quando submetido ao calor, liberando um vapor de coloração violeta. Apesar de ser um halogênio, o iodo apresenta algumas propriedades características de metais. Sendo menos reativo que os halogênios menores que ele, o iodo também é capaz de se combinar com muitos elementos e ainda de agir como agente oxidante, mesmo não sendo tão explorado neste quesito [1,2,3].

O iodo permite estados de oxidação +1, +3, +5 e +7 dependendo dos átomos ao qual está ligado, além do NOX 0 do seu estado fundamental (I2), e do estado -1 quando em ânion. Se comparado aos halogênios mais leves, o iodo possui o maior raio atômico, em virtude de sua maior quantidade de elétrons, o que contabiliza a ele, uma energia de ionização um pouco mais baixa do que os elementos mais leves desse grupo. Apesar do iodo possuir pontos de fusão (113,7 °C) e ebulição (184,4 °C) mais altos que os outros halogênios, sua alta volatilidade em temperatura ambiente permite que seus cristais sublimem dissipando seu vapor fortemente marcado pela coloração violeta, de odor significativamente irritante [2,3].

O iodo é o halogênio menos abundante, apresentando-se na crosta terrestre com uma concentração de 0,14 ppm e na água do mar numa concentração de 0,05 ppm. O iodo pode ser obtido a partir dos compostos iodetos presentes na água do mar e também pelos iodatos existentes no Salitre do Chile (uma espécie de salmoura natural) [1,2,3].

De forma geral, diversas etapas químicas e físicas são realizadas para a obtenção do iodo em sua forma sólida como é comumente comercializado, etapas de reações de oxirredução, filtrações de alguns produtos originados e purificação por sublimação. A importância do iodo deve ser ressaltada em virtude de sua relação com o desenvolvimento do organismo humano e animal, da sua relação com o bom funcionamento da glândula tireóide e a prevenção do bócio, sendo para isso, adicionado na forma de iodeto de sódio ao sal de cozinha para o equilíbrio e manutenção da dieta humana e na forma de iodeto de potássio em rações de animais para o seu desenvolvimento [1,2,3]


O iodo também é empregado em áreas de obtenção de produtos orgânicos e inorgânicos, como antisséptico para ferimentos e antibacteriano no tratamento de água. Apesar de ser essencial no funcionamento de organismos, o excesso de iodo produz efeitos similares à sua falta. Em sua forma elementar, o iodo se torna fatal caso ingerido em quantidades superiores a 2 - 3 gramas [1,2,3].




[1] Lee, J. D. Química inorgânica não tão concisa. Tradução da 5ª ed. inglesa. Editora Edgard Blücher Ltda. p. 293-318. 1999. [2] https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/iodo [3] http://elementos-quimicos.info/elementos-quimicos/iodo.html


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